As cooperativas do Pará estão na vanguarda
da luta contra as mudanças climáticas, adotando práticas sustentáveis como os
sistemas agroflorestais. Essas iniciativas promovem a preservação da floresta,
aumentam a produtividade e garantem renda contínua aos produtores locais. A
Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta) e a Cooperativa Turiarte são
exemplos de sucesso na implementação de modelos sustentáveis que resistem às
adversidades climáticas.

A Camta, localizada a cerca de 200 km de
Belém, reúne 170 agricultores que cultivam até 15 culturas diferentes em
sistemas agroflorestais. Esse modelo garante microclimas favoráveis, reduz
custos com adubação e evita novos desmatamentos. A produção inclui cacau, açaí,
pupunha, baunilha e outras frutas, com destaque para o cacau como carro-chefe.

Além da Camta, a Cooperativa Turiarte, na
Comunidade do Anã, enfrenta os desafios da seca com práticas sustentáveis na
piscicultura e artesanato. A produção de peixes em tanques-rede e o uso de
ração alternativa demonstram o compromisso com a preservação ambiental. O
artesanato com palha de tucumã tingida com corantes naturais é uma tradição
mantida por gerações.

Essas cooperativas mostram que é possível
conciliar desenvolvimento econômico com sustentabilidade. A conversão de áreas
de monocultura para agroflorestas e a valorização de produtos regionais
fortalecem a economia local e protegem o meio ambiente. A validação dos modelos
pela Embrapa reforça a viabilidade técnica das práticas adotadas.

Conclusão

As cooperativas paraenses são exemplos
inspiradores de como enfrentar as mudanças climáticas com inovação e respeito à
natureza. A adoção de sistemas agroflorestais e práticas sustentáveis garante
resiliência produtiva, preserva tradições culturais e promove inclusão social.
Essas iniciativas devem ser amplamente divulgadas e replicadas em outras
regiões da Amazônia e do Brasil.